Séries com viagens: Emily em Paris
Muito se tem falado nessas últimas duas semanas de uma nova série do Netflix chamada Emily em Paris. Curiosa que sou, não me aguentei e, até mesmo por conta de estar com o pé imobilizado, dei play. Não tinha muito expectativa porque já tinha ouvido um burburinho, umas críticas negativas, mas, ainda assim, dei uma chance. Ela é dos mesmos criadores de “Sex and The City”, o que também contou pontos para um play.
A série começa contextualizando a vida da personagem na cidade de Chicago, onde ela mora e trabalha. Paris só entra em cena quando a personagem é transferida para lá a trabalho. Ver a cidade foi um ponto super positivo e bateu uma saudade. Eu amo aquela cidade, o clima, e poder rever um pouco mais foi inspirador. Então tive uma motivação a mais para continuar e ver no que daria toda aquela história. Emily chega em Paris e aí a série engrena. Eles mostram bastante as diferenças culturais, como a questão da cultura do trabalho. Americanos vivem para trabalhar! A personagem chega no trabalho às 08:30h da manhã e não tem ninguém no escritório. As pessoas começam a chegar às 10:30h e a série mostra o quão diferente isso é pra ela. Outro momento interessante para visualização desse choque cultural é a relação com as refeições. Americanos não tem o hábito de tirar uma hora de almoço. Costumam comer na mesa do trabalho mesmo. Já os franceses tiram hora de almoço estendida e sempre com um vinho acompanhando. É uma diferença que vimos muito em Portugal também. Várias vezes Luciano e eu éramos os únicos no restaurante, em uma quarta-feira, a não tomar vinho. Acontecem outras cenas que mostram essa diferença entre as culturas.
A polêmica em relação a essa série surgiu por conta da reação dos franceses. os quais não gostaram muito dos estereótipos que aparecem nessas situações que mencionei acima. Apesar de retratar a tal diferença cultural, muitos franceses acharam que eles colocam o jeito americano como o certo e o jeito francês como errado. Muitos acharam que os franceses foram representados como sujos, preguiçosos etc.
Pessoalmente tenho críticas à série. Um dos motivos que me incomodou bastante é que a Emily se torna uma influenciadora digital e isso acontece porque um post dela viraliza. Depois disso a carreira está feita e todos os posts dela viram referência. Quem trabalha com redes sociais sabe exatamente que isso é, de longe, uma mentira, não sendo possível viver de post viralizado. E a questão racial também me incomodou. Na série toda todos são brancos e há somente um negro em todos os episódios.
Como disse, dei play sem qualquer expectativa, então achei que foi um passa tempo. A série é bem rasa, bobinha, não levanta grandes questões. É uma série boa para não pensar, sabe? Para aquele dia que você precisa relaxar e não pensar em nada muito profundo. Não sei se veria uma segunda vez, mas, talvez, para uma segunda temporada de Emily em Paris eu apertaria o play. Falando em uma segunda temporada, até a data que publiquei o post ninguém confirmou se a série terá continuidade. Veremos.
Prefere livros? Veja nosso post com um dos autores favoritos do Luciano “Memorial do Convento“.
Me conta aqui nos comentários, você já viu a série? O que achou?
Um beijo!
Rachel